2016 / 5 de outubro - PNPG / Serra Amarela
Dia 5 de outubro de 2016, reposto o feriado nacional, bom tempo(sem nevoeiro, desta vez), fizeram-se à estrada três motas e respetivos companheiros (ou será ao contrário?).
Do percurso a efetuar destacava-se, como "prato principal", Germil e Ermida, aldeias do concelho de Ponte da Barca, distrito de Vana do Castelo.
A fotografia, em baixo, mostra, talvez, o retrato mais emblemático por onde passamos. Mais à frente diremos o porquê.
Miguel Torga, numa visita à Serra Amarela, em 25 de Julho de 1945.
Dali fomos, sem paragens até Campo do Gerês (N3081, M533) onde subimos lentamente até à Pousada da Juventude, de visita. Serpenteamos pelos jardins e apreciamos como aquele local está bem tratado e é usado por muitos jovens e famílias como ponto de partida para caminhadas e aventura. Ainda rolamos 2 minutos pela estrada que vai até Carvalhosa (M1259), só para ver o perfil das montanhas ao longe... , depois voltamos para trás.
Uma retemperadora paragem numa infraestrutura que possibilita, entre outras atividades, arborismo e passeios a cavalos, permitiu-nos recuperar forças à volta de uns cafés.
Afinados os GPS, abalamos em direção à Barragem de Vilarinho das Furnas (nesta altura, a aldeia com o mesmo nome, está quase visível).
Daqui, segue-se uma descida imponente, sem proteções laterais e vistas deslumbrantes. A vegetação ameaçava o outono com os seus tons vibrantes.
Paragem obrigatória no Fojo do Lobo, com cerca de 300 anos.
Por fim, paragem em Ermida
Com efeito, a simples visão daquela mulher idosa que carregava lenha, quase se penitenciando junto da santa (da Ermida), levou-nos a retirar da algibeira (iphone) um belo texto de J. Saramago.
Quem não conhece que o leia. É curto e encaixa no passeio e na mulher que nos fica na memória, como uma
"Carta para Josefa minha avó", 1968, jornal A Capital.
www.josesaramago.org/carta-josefa-minha-avo-1978/
E aquela camponesa com quem trocámos umas palavras e pedimos para tirar uma fotografia (selfie não sabíamos se aprovaria), brilhou, sem o saber, dentro do seu profundo traje negro.
Obrigado Serra Amarela (um dos grandes relevos que fazem parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês)!